sexta-feira, 25 de março de 2011

Considerações finais sobre LOST. (contém spoilers)



Caso não tenha assistido e não queira saber nada sobre o final não leia, pois contém spoilers.

Deveria falar sobre cada umas das temporadas, mas vou falar apenas sobre a 6º e última a que mais causou polêmica entre fãs, que amaram e odiaram. LOST a série mais comentada dos últimos tempos, mesmo após 1 ano de encerramento ainda se encontra muitos fóruns de discussão sobre várias teorias de LOST.

6º temporada, especificamente último episódio “The End”:

Como todos sabem eles morreram, porém fica uma duvida quando?

Minhas considerações:

Eles não morreram no acidente de avião, realmente viveram tudo que viveram na ilha, claro que com alguns mistérios inexplicáveis, a Ilha era um personagem da série, como mostrado nesta ultima temporada, todos eles foram escolhidos a dedo pelo Jacob (o guardião da ilha), escolhidos como candidatos para substitui-lo.

Durante a temporada é mostrado um realidade paralela, que na verdade se trata de um futuro “do outra lado da vida”, esta realidade como o Dr. Christian Shepard, diz para seu filho Jack que este lugar é criado por vocês um lugar onde vocês se encontrariam para seguir em frente. Quem aqui assistiu “Amor Alem da Vida”? onde Robbin Willans morre e vai para um “paraíso” criado por ele, com suas lembranças. Foi isso que ocorreu com eles, todos eles tinha uma ligação muito forte devido ao que viverem na ilha, alguns morreram na ilha, outros saíram da ilha (acredito que Sawyer e Kate conseguiram), e outros continuaram a viver na ilha por mais um tempo(como Hugo, novo guardião, e Ben), então eles morreram em tempos diferentes, mas inconscientemente todos foram para o mesmo “lugar especial”, como se o avião nunca houvesse caído e suas vidas fossem diferentes, então entra o Desmond que tem uma função de guia espiritual nesta lugar, ele é responsável em fazer que eles se encontrem e lembrem de tudo que viveram, assim estarão prontos para irem em frente “seguir a luz”, assim de forma sensacional colocando-os em situações que relembrasse algum momento marcante na ilha com uma pessoa, desta forma todos se lembraram do que viveram, e seguiram para o local de encontro uma igreja ecumênica onde víamos na vitral símbolos de diversas religiões. Assim acaba a serie todos eles se cumprimentando e compreendendo tudo que ocorreu e seguindo em direção a luz. Esta foi a forma de conseguirem acabar com a série (talvez não da melhor forma) mas se eles não morressem como seria LOST não teria fim?? pois a ilha sempre daria um jeito de faze-los voltar para lá.

Extra: Tem um extra no DVD que se chama: “Um novo responsável” onde mostra o Hurley como guardião da ilha e o Ben como seu assistente indo visitar o Walt, este já grande não mais criança como quando ele caiu na ilha, e quando Walt os encontra diz: “Sempre quis que viessem me buscar novamente”, e o Hurley diz: “Vamos te levar de volta. tenho uma proposta de “emprego” para você”. Assim acaba o epilogo de 11 min, compreendi que neste momento o Hurley quer que o Walt assuma sua função de guardião da ilha.

Obs.: Tudo que digo aqui foram as minha considerações sobre o fim de LOST. Li num fórum onde uma pessoa, não lembro quem, diz: “O fim de LOST não foi para ser entendido e sim sentido” e é verdade, afinal são 16 personagens com sentimentos a flor-da-pele.
LOST tem muito o que ser destrinchado, mas só escrevi sobre o que acho relevante no momento.

Encerro as considerações com um trecho de The End (The Doors):

“This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end...”

This is the End????

sábado, 12 de março de 2011

Fotografando com Pinhole

Vou postar 3 fotos que fiz com a pinhole (buraco de alfinete), mas antes vamos falar o que é uma pinhole:

"Pinhole é um processo alternativo de se fazer fotografia sem a necessidade do uso de equipamentos convencionais.Sua câmera artesanal pode ser construída facilmente utilizando-se materiais simples e de poucos elementos. O nome inglês Pinhole ou Pin-Hole pode ser traduzido como “buraco de agulha” por ser uma câmera fotográfica que não possui lentes, tendo apenas um pequeno furo (de agulha) que funciona como lente e diafragma fixo no lugar de uma objetiva.Também conhecida como câmera estenopeica, a pinhole é basicamente um compartimento todo fechado onde não existe luz, ou seja, uma câmara escura com (normalmente um) pequeno orifício. A diferença básica da fotografia pinhole para uma convencional está em sua ótica. A imagem produzida em uma pinhole apresenta uma profundidade de campo quase infinita, ou seja, tem um foco suave em todos os planos da cena (tudo está focado)."

Agora uma foto da Pinhole:
é esta lata velha mesmo, mas olha o que ela vez.

Vou postar o negativo (original da papel fotografico) e do lado com as cores invertidas.


Gostei muito da experiencia!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Colorir com Photoshop

Primeira imagem que colori com o Photoshop utilizando Mascara e Saturação das cores:


Com o tempo vou postando mais trabalhos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Adeus ao Cine Belas Artes

Para o primeiro post de 2011, poderia ser alegre, mas é uma notícia triste que tive hoje, o Cine Belas Artes irá fechar.

Saiu uma nota na Folha.com hoje onde diz os motivo porque esta sendo fechado, o dono do prédio quer o imóvel para abrir uma loja, sem comentários. Segue link da matéria completa: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/855158-apos-68-anos-belas-artes-vai-fechar-as-portas-em-sao-paulo.shtml

Mas vou falar sobre o Belas Artes, local onde assisti talvez os melhores filmes, lá onde comecei a ver filmes "não comercias" lá eu vi, "A Culpa é do Fidel!", "Lady vingança", "Valsa com bashir" e o último foi "Jose e Pilar" entre diversos outros filmes, que só encontrava lá para ver. É triste saber que o um cinema que faz parte da historia de São Paulo há 68 anos esta sendo fechado, da mesma forma que o Cine Gemini foi fechado após 35 anos de atividades.

Fica aqui o minha manifestação sobre o Cine Belas Artes que não deveria ser fechado, ainda mais para virar uma loja.

Teremos que procurar outro cinema que passe filmes Europeus, Coreanos, etc.. não somente filmes Americanos.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Post de Natal!

Há algum tempo não "posto" nada, e algum tempo não lia nada do Rubem Alves, hoje não sei por que cargas d'água fui procurar textos dele na internet achei varios, todos maravilhos, pois Rubem Alves é Rubem Alves... mas um me deixou pensativo o nome do texto é "Comemorar, Recordar", vou posta-ló como ultimo post do ano de 2010 e além disso um post de Natal.

Comemorar, Recordar (Rubem Alves)

É preciso preparar a alma com antecedência para o evento. O tempo da "comemoração" se aproxima. Comemorar quer dizer "trazer de novo à memória". Para quê? Para que se cumpra o ditado popular que diz "recordar é viver". Dentre todos os seres vivos os seres humanos são os únicos que se alimentam do passado. Eles comem aquilo que já deixou de existir.

Proust deu o nome de "Em Busca do Tempo Perdido" à sua obra clássica. Se está perdido irremediavelmente no passado, por que se entregar à tarefa inútil de procurá-lo?

Por fora, no mundo cotidiano do trabalho, estamos em busca de coisas novas. Mas a alma, nas penumbras em que mora, vive à procura de coisas velhas. Alma é saudade. Saudade é a inclinação da alma na direção das coisas amadas que se perderam. Foram perdidas e, a despeito disso, continuam presentes como dor: "...Que a saudade dói latejada, é assim como uma fisgada no membro que já perdi..." Saudade é a presença de uma ausência.

Para a saudade não existe cura. Tudo o que podemos dar a ela como consolo é inútil. Por isso, Fernando Pessoa escreveu: "Mas por mais rosas e lírios que me dês, eu nunca acharei que a vida é bastante. Faltar-me-á sempre qualquer coisa, sobrar-me-á sempre de que desejar..." A alma é como um queijo suíço, toda cheia de buracos que doem no seu vazio...

Há um esquecer que é uma felicidade. É como mar que limpa e alisa a areia que os humanos haviam pisado na véspera sem pedir desculpas. Já tive essa estranha sensação bem cedo na praia diante da areia lisa, um sentimento de culpa por machucá-la com meus pés... O esquecimento alisa a areia. Tudo fica puro, como se fosse a primeira vez. Isso, do lado de fora. Mas lá no fundo, onde mora a saudade, não há esquecimento. Porque lá só moram as coisas que foram amadas. E o amor não suporta o esquecimento. "Aquilo que a memória ama fica eterno", escreveu a Adélia.

Há a estória daquele homem dilacerado pela dor da saudade de sua amada que morrera. Em desespero, dirigiu-se aos deuses pedindo que a devolvessem. "A morte é mais forte que nós", responderam os deuses. "Não podemos devolver o que a morte levou. Mas podemos pôr um fim ao seu sofrimento. Podemos fazê-lo esquecer a sua amada. Podemos curá-lo da saudade..." Horrorizado o homem respondeu: "Não, mil vezes não! Pois é o meu sofrimento que a mantém viva junto de mim!"

Palavra boa para dizer isso, parente de "comemorar", é "re-cordar". Pus o hífen de propósito para destacar o "cordar", que vem do latim "cor", que quer dizer "coração". Há memórias que moram na cabeça, muito úteis. Se nos esquecemos delas, cuidado! Pode ser Alzheimer se anunciando! Essas memórias não doem, são informações que levamos no bolso, ferramentas. Mas há outras memórias que moram no coração, são parte da gente. O Chico sabia e escreveu: "Oh pedaço arrancado de mim..."

Já estou preparando a minha alma para o evento. O Natal vai fisgar o membro que já perdi. Perdi a minha infância. Gostaria mesmo era de ir para um mosteiro, longe de comilanças, presentes e risos. Num mosteiro eu poderia experimentar a bem-aventurança na alma que Fernando Pessoa descreveu como a alegria de não precisar de estar alegre... Eu gosto da minha tristeza natalina. Ela é verdadeira. Sou como aquele apaixonado que não queria ser curado da saudade...

RUBEM ALVES

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

José e Pilar

Filme: José e Pilar

Diretor: Miguel Gonçalves Mendes



Talvez a história de amor mais supreendente que já vi no cinema, assisti ontem José e Pilar, documentario que conta de forma intíma o período que Saramago estava escrevendo A Viagem do Elefante, o filme se passa entre 2006 a 2008, mostra que mesmo aos 83 anos, Saramago sempre com sua agenda cheia, mesmo não querendo ir a maioria dos eventos, vai e sempre responde as perguntas dos jornalistas com sinceridade, jornalista que as vezes eu tive a sensação de que não sabiam nada de Saramago, umas perguntas sem contexto, mas tudo bem ele sempre se saia muito bem em sua resposta. Mas o documentario acima de tudo conta uma historia de amor entre Jose e Pilar, Pilar que como ele mesmo diz, “Pilar, que sempre foi meu pilar”, é a pessoa que sempre esta ao seu lado, vemos e sentimos o amor que existe entre eles, expressado em olhares, toques e gestos, é uma admiração compartilhada entre os dois e que Miguel Gonçalves Mendes, esta compartilhando com todos. É dificil escrever sobre Saramago, aquele que todos conhecem como “o que não acredita em Deus”, ele sempre disse isso em alto e bom som, mas após o documentario acabar, eu cheguei a conclusão, talvez realmente ele não acredite em Deus, mas Deus acredita nele, não estou cometendo heresia, apenas digo o que presenciei, pois um homem que expressa verdadeiramente o amor que sente por sua mulher e pela vida, com certeza tem um pouco de Deus nele e muito, muito mesmo em Pilar, umas das frases em que fiquei mais emocionado é umas das primeiras entrevistas dele após sair do hospital, o filme conta o período que ficou quase 2 meses internado, onde ele diz: “Agradeço a Pilar, por não ter me deixado morrer” e em outro momento perguntam a ele o que mais queria, ele responde: “Tempo. Tempo e vida... mais tempo para continuar o que faço e continuar com minha mulher”. Quase não estou falando sobre o documentari em si, mas o documentario mostra este homem que estou descrevendo, e esta mulher pilar deste homem. Homem que não acredita em Deus, mas homem que acredita no amor, homem que não tem medo da morte, mas que valoriza a vida.

Se quisesse ficaria escrevendo linhas e linhas, sobre Jose e Pilar, mas só peço que se possivel assistam. Sei que falei muito do José e pocuo da Pilar, mas é muito mais dificil falar sobre, por que após o filme mais que certeza sem ela não existiria José, por isso quando acabou o filme pensei devia se chamar “Pilar e José”.

Encerro aqui e depois de ter admirado este filme, vejo tudo de uma outra forma.


“tudo pode ser contado doutra maneira" – José Saramago (1922-2010)


Site oficial: http://www.joseepilar.com/




terça-feira, 12 de outubro de 2010

Os Fantasmas de Scrooge

Filme: Os Fantasmas de Scrooge

Diretor: Robert Zemeckis

Quero ver de novo, esta é a sensação que você sai do cinema após assistir esta animação, faz você refletir sobre seus atos, e sua vontade de ver novamente é para ver se aprendemos algo a mais com os fantasmas dos Natais, Passado, Presente e Futuro, diálogos sensacionais, que te deixam querendo ter um controle remoto para voltar e ouvir de novo, aconselho a todos assistirem, e as crianças somente quando tiverem certa idade, maturidade, para compreender certas coisas, pois a animação trata de escolhas, modo de vida, então certas coisas para crianças de menos idade pode ser meio complicado de entender e acabarem não gostando e nunca mais assistirem.

É mais um filme que tem muito a nos ensinar.


Hasta luego! Buena película!